domingo, 30 de maio de 2010

Que amor é esse!


avassaladora é a paixão
que o amor solidifica
em versos acolhedores
soprados d’alma

que amor é esse que nos transforma
que nos inunda e engrandece
que cala e subtrai
que eleva e ilumina

puro amor é o meu
é o seu é o nosso
mesmo no hiato 
do abismo que limita nossas vidas

terça-feira, 25 de maio de 2010

O que lhe dizem, e o que você ouve?

Particularmente, adoro ler os resultados, e principalmente as análises, de pesquisas diversas. Não pesquisas eleitorais, de interesse público, ou de publicidade, mas aquelas que tentam justificar sobremaneira o comportamento humano, e tentam induzir as pessoas a se aceitarem ou a se rebelarem contra a ordem social e os costumes. Aquelas que nos fazem refletir sobre os nossos atos em relação às outras pessoas, sobre os nossos desejos, interesses e repúdios, e sobre a nossa felicidade.

As duas últimas pesquisas que li realmente me instigaram. Nenhuma foi realizada no Brasil, pois ainda somos subdesenvolvidos, e subdesenvolvidos devem acatar e não orientar. A primeira, em sua conclusão, trouxe indicativos de que a maioria dos casamentos desfeitos apresentarvm um comportamento comum nos casais: uma felicidade muito maior do homem, do que da mulher, em termos gerais. A segunda, dizia que homens casados com mulheres mais jovens, ampliam a sua expectativa de vida, enquanto mulheres casadas com homens mais jovens antecipam a própria morte.

Antagonismo ou não, interiorizar estes insights e combiná-los, é arriscado demais, e pode levar-nos à depressão, ou a tomarmos decisões precipitadas. Casar-se com uma mulher mais nova pode fazer os homens muito felizes e ampliar a expectativa de vida deles, mas implica em separação breve, já que a sua felicidade será muito maior do que a dela.. Por outro lado, casar com um homem mais novo pode deixá-la mais feliz do que ele, e garantir um casamento mais longo, que poderá ser abreviado pela própria morte precoce...

A questão principal são as escolhas! O que nos faz feliz e o que nos eleva, de forma que possamos usufruir ao máximo das nossas relações e das nossas vivências. Pesquisas e informações, assim como conselhos e orientações, são indutores para as nossas reflexões, cujas decisões cabem a cada um. Bobagens às vezes, relevantes, outras. . O tempo cronológico pouco importa, o tempo das emoções, sim... A vida é o que realmente importa, e poderá ser breve, ou não, independente do tempo!

Homens e mulheres vagam por aí, à procura ou à espera de um relacionamento perfeito. Desvanecem de toda sua ternura e cimentam os seus corações. Nas suas vaidades, carregam o peso de se acharem plenos e sucumbem. Mergulham no negro e vazio das emoções e expelem sentimentos ácidos, repletos de frustações e desilusões. Mas como tudo na vida se pode racionalizar, seguem no fio da navalha e encontram conforto em estudos bizarros, os quais, como suspiros, justificam as suas incapacidades.

sábado, 22 de maio de 2010

Um grande e afetuoso abraço!

Há que pensarmos no quanto somos solidários, afetuosos e virtuosos. Pensarmos sobre o quanto temos feito diferença na vida das outras pessoas, e o quanto estamos construindo relações sólidas.

Estamos no centro das atenções daquelas pessoas que nos querem bem, irradiando paz, amor e felicidades, o que nos eleva e nos deixa ainda mais responsáveis pelo afeto comum. Também podemos fazer a diferença na vida de outras pessoas, mesmo que não estejam tão próximas às nossas relações. Basta querermos!!!

Neste "Dia do Abraço", compartilho com todos a minha alegria, e transmito um caloroso abraço para todos. Insiro uma tirinha e um link, para reflexão.

Namastê!


http://www.youtube.com/watch?v=vr3x_RRJdd4&feature=fvst

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Que amor é esse!

nutri você, lagarta
com o melhor do amor, incondicional
já bela borboleta, alçou vôo
devastado deixou, um coração

terça-feira, 18 de maio de 2010

Qual a sua aldeia?


Desde que se têm notícia, a vida humana sempre esteve ancorada em aldeias, as quais concentram pessoas com características semelhantes: - físicas, intelectuais, emocionais e evolutivas. É comum, o termo ser utilizado como sinônimo para concentração, encontro, reunião e até agrupamento. Uma aldeia de índios, ou de ecologistas, de internautas, de mulheres empresárias, de intelectuais, de torcedores, de bandidos, de excluídos, de separadas, de amigos... A sua definição: “localidade pequena sem jurisdição própria”.

Se analisarmos as suas origens e suas analogias, o termo “aldeia” está sempre vinculado à dependência, por mais independente que possa parecer. Uma dependência aos costumes, aos interesses, às ideologias, ou  até mesmo às drogas, entre outras. A moda também ajuda a popularizar esses termos, e as suas conseqüências, a mídia os explora, e em algum momento eles se transformam em clichês, bons ou ruins. Significa inclusão, às vezes  com incongruências, em um mundo onde ninguém quer se sentir excluído.

Uma pessoa me disse, certa vez, que estava cansada de participar de atividades com a sua turma, pois as conversas eram vazias, e desqualificavam tudo e todos que não possuíam a mesma condição social deles, por mais imorais que fossem. Queria participar do “submundo”, uma aldeia diferente daquela onde convivia. Em outra situação, deixar a gravata e o terno no armário, juntamente com todas as aparências, e seguir para a Ilha do Mel, outra aldeia. Qualifica-se, às vezes desqualificando. Busca-se a felicidade, pelo prazer ou pela dor...

Orbitar na complexidade das relações é fácil, relacionar-se não! Conviver com a diversidade é um exercício pleno de aceite, de diálogo e de compreensão. Dizer-se global, empático, justo, sem preconceitos, quando distante de princípios, é clichê; é mentir para si próprio. Quem discrimina quem: o índio ou o mestiço, o branco ou o negro? ... o emo, ou o punk, o rico ou o pobre, o magro ou o gordo? ...o empregado ou o empresário, a mulher ou o homem? ... o religioso ou o ateu? Quem discrimina quem?

Finalizando esta reflexão, como andam as suas relações e as suas emoções? Em que aldeia você está inserido?

Namastê!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Letra

O QUE ME IMPORTA
(Cury Heluy)

O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você

O que me importa
Se você me adora
Se já não há
Razão pra lhe querer

O que me importa
Ver você sofrendo assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube dar amor

O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também

O que me importa
Sua voz chamando
Se pra você
Jamais eu fui alguém

O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar
Tem mais tristezas pra chorar que o seu

O que me importa
Ver você tão triste
Se triste eu fui
E você nem ligou

O que me importa
Seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou

http://www.youtube.com/watch?v=3vjwJlv7Dfk
http://www.youtube.com/watch?v=-wzWrmgBxF8

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Amanhado Amor

Nas nossas escolhas, a maior parte do que fazemos nos traz um bem-estar imenso, tanto por aquilo que nos eleva, quanto pelo que alçamos aos outros. Sorrir, por só, nos engrandece, e sorrir pelos outros, nos ilumina, por sabermos que as almas caminham leves, absolutas, nas asas da paz que norteiam os nossos destinos.

Nas diversas vezes em que me senti limitado, lancei um apelo, um pulsar silencioso a provocar meus sentimentos gentios, na esperança de civilizar os meus desejos ocultos. Ao entender a minha rebeldia frívola, um repousar sublime de um coração inquieto, amparado pelas bênçãos de todos que um dia fiz sorrir, e assim me querem, bem...

Quando a flecha do amor deflagrou em meu peito, gritei alto, tão alto que nem etéreos astros puderam se omitir, e em um desespero reconfortante, pela vivacidade da paixão, matei em mim a dor de não amar e incendiei-me. O amor tem dessas coisas, flameja a essência da vida e nos faz reconquistar a esperança.

Ousadia é o sonho materializado, e entregar-se sem medo a um amor intenso é tanger o infinito, desafiar os limites da natureza e irradiar energia, retro alimentando a vida. Inconseqüentes são as pessoas que se limitam ao amor, por não experimentarem a sensação de alçar aos céus, ao gozo.

Quando o amor se foi, dissimulei em dor. Morri tantas vezes, que o universo nem sequer ousou acolher-me. Apaguei a chama, e me recolhi em luto, por uma eternidade. Por deixar o cintilante desejo escorrer entre meus dedos, suprimi de mim a vida, então vã. Sem compaixão, culpei-me, e joguei sobre mim a mais dura pena, de não mais me querer o bem, de simplesmente me deixar ir.

Os curativos do desamor são poucos, e são de cada um. Excedem o limite do estacionário, mas são poucos, a edificar os sentimentos profundos, a reconquistar a confiança plena, a permitir se permitir. Não são novos amores e nem é o tempo. Não são os amigos e nem as distrações. Não são as viagens e nem os desvios. Não são as verdades e tampouco as mentiras. O desamor corrói..., exige uma espera atemporal e silenciosa...

Em um momento qualquer, sem ao menos perceber ou esperar, seu coração irá acelerar novamente, as pernas ficarão a tremer e a respiração ficará mais ofegante. Você irá pensar naqueles momentos e naquela pessoa que despretensiosamente encontrou. E por todos os instantes, lembrará, e sonhará com ela, intensamente, todas as noites. Fará planos secretos e por hora somente seus, e novas juras. E assim, você se entregará e dirá para si mesmo que está pronto para novamente amar. Que está aberto para esse novo começo, e para as novas emoções. Então, entenderá que sempre fora abençoado nas suas jornadas...

Namastê!

sábado, 8 de maio de 2010

Indivisíveis

Ainda que não queiramos admitir, para que não se possa questionar, existem coisas, pessoas ou situações que são inseparáveis. Desuni-las, parti-las ou divorcia-las, não faz nenhum sentido. Querer impor-lhes discórdia, infeliz...; desagrega-las, somente sobre protesto, mesmo que velado, sangrado na dor da incoerência.

Arroz sem feijão, queijo sem goiabada, plantas sem flores, toalhas sem amaciante, beijos sem tesão, ruiva sem olhos azuis, filmes sem emoção, amor sem paixão. Trabalho sem desafios, sorrisos sem encantos, chuva sem molhar, música sem tocar. Carinhos sem se doar, afeto sem querer bem, sexo sem sentimentos. Olhar sem ser verdadeiro, amizade sem cumplicidade, beliscão sem dor. Crianças sem sonhos e adultos sem ilusões, romances sem decepções. Lágrimas sem rancor, dor sem ressentimentos, vinho sem rolha de cortiça, procura sem cobiça, delírio sem vertigens. Desejos sem vontades, namoro sem amizade, telhado sem calha, praia sem areia, carro sem som, som sem acordes, acordar sem despertar. Viagem sem destino, aniversário sem parabéns, casa sem jardim. Anne sem a Ilha e sem Kauan, Valério sem Ana, Ana sem a escola, a escola sem criatividade, criatividade longe do Rubinho, Rubinho sem a Andréa e longe do Rubão, sem as filhas e sem a Sandra. Sandra sem Rubão e longe dos seus cachorros e dos amigos, amigos longe do bar, bar sem a Ju, Serginho, Duda, Bueno, Lara, Fabiano, Mano, Pierre, Bráulio e tantos outros.

Não há encontros sem destinos, pois nos encontros laços se firmam, e se fortalecem, histórias são escritas. Nos vínculos o carinho e a afetividade, e a certeza de que indivisíveis são as relações, no desejo e na memória.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Solidão...

Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem das chuvas tempestivas
Nem das grandes ventanias soltas,
Pois eu também sou o escuro da noite.

Clarice Lispector

Por quantas vezes me fiz covarde ao recusar a solidão. Investi contra mim mesmo, no infinito vazio da minh’alma, a transcender meus próprios sentimentos. Insultei-me com violência, no ímpeto desejo de ser amado, para quem sabe, então, amar. Mutilei estrelas e rasguei canções, ao mergulhar em um universo turvo, insigne.

Inglório é o passado que reascende, renasce na culpa vã de pirilampos, na obscuridade. Apagada a luz, resta-nos o breu da imensidão, a ocultar nossos enganos. Resta-nos a dor de não estarmos mais, talvez, onde nunca estivemos. Resta-nos a sombra, a rejeitar nossos desejos. Resta-nos seguir.

A solidão é sã, a violentar meus pensamentos insanos, ante a hora de partir. É o irresistível pulsar. O movimento desarticulado e involuntário do desapego, e um vulcão de descontrole, a flamejar meu coração. Energia pura, a desintegrar os lamentos e as mágoas, a reconstruir a confluência das emoções.

A solidão existe em cada um, e é um vazio, para cada bem...

terça-feira, 4 de maio de 2010

O que fazer com o tempo livre?

As pessoas que convivem um pouco mais próximas a mim, sabem que criei um hábito, não sei se bom ou ruim, de dormir muito pouco. Muito mesmo..., o suficiente para me manter acordado no dia seguinte.

Não dormir tem suas vantagens, segundo amigos, pois nos dá muito mais tempo para não fazermos nada, ou para fazermos mais coisas ainda..., como se a vida por si só não bastasse e tivéssemos que aproveitá-la ainda mais, considerando a sua brevidade. Vantagens, como acompanhar todos os noticiários e filmes da tv a cabo, já que a programação da madrugada na tv aberta é muito ruim, ainda mais para quem não deve tanto arrependimento à Deus; colocar a leitura em dia e devorar textos, livros e romances; escrever, refletir, fazer planos, rasgar planos, pensar na vida, até cair nos braços de Morfeu.

Mas nem tudo é agradável para quem não dorme, ainda mais se morar só, como eu. Se der fome na madrugada, em casa, certamente nada existirá que satisfaça – que saudades de São Paulo, e o que tiver irá custar um preço alto em pedaladas ou caminhadas. Sair, tem sido uma opção ruim, já que não se encontra aquilo que se busca, na madrugada. Se der vontade de conversar com alguém, sobre qualquer assunto, para amadurecer uma idéia, por exemplo, esqueça..., nem todo mundo terá disposição na hora em que você estiver disposto, e se insistir, poderá causar um estresse nas relaçôes dos amigos ou amigas, ainda mais se estiverem com compromissos mais sérios.

Solução não há, e nem sei se é preciso. Treinar para a maratona, ouvir programas de insônia na rádio, passar roupas, jogar paciência, assistir o sexy hot..., ouvir o mesmo cd até decorar as letras, fazer yoga, aprender novas palavras no dicionário..., pensar ou falar mal dos desafetos... Não temos mais supermercado 24 horas em Curitiba, o que poderia ser uma alternativa para uma ou outra noite da semana. Contar carneirinhos e estrelas cadentes... Talvez, arrumar uma namorada, desde que ela não durma também, pois assim poderiamos conversar muito e fazer outras coisas na madrugada, mas será que compensa?. Ou sei lá..., se alguém tiver mais sugestões...

Amanheceu e eu ainda aqui...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Twittando


Um jornalista natural de Foz do Iguaçu, mas que reside aqui em Curitiba, disse em seu blog que “alguns brinquedinhos não deveriam ser dados para crianças e nem para pessoas desequilibradas”. Na oportunidade, referia-se ao twitter, ferramenta de microblog, nova febre mundial, e ao governador do Paraná, Roberto Requião, que ainda faz uso quase que exclusivamente do twitter, para afrontar, agredir e ridicularizar seus desafetos. Um mau exemplo do uso de uma ferramenta de comunicação, que tem se tornado popular no meio político e artístico, principalmente.

Olhando por outro prisma, a utilização do twitter traz uma série de benefícios às pessoas, principalmente pelo fato de levar informações de forma ágil para um universo de interessados, que passam a seguir as personalidades que são do seu interesse e até a interagir, em alguns casos. Mas também, nos permite conhecer um pouco mais do twitteiro, na medida em que ele registra de forma escrita, mesmo que se arrependa e apague depois, a sua forma de pensar, os seus interesses e vaidades, e, principalmente os seus preconceitos.

Na mídia, agora,  pode-se acompanhar o tiroteio de políticos, artistas, cantores e apresentadores, uns contra os outros, e contra os fãs e contra o bem-estar comum. Agressões múltiplas em um português mal escrito, observações toscas e imbecis, clássicas da desertificação da sapiência e da imersão no vazio da ignorância.

Mais uma vez, temos conseguido popularizar o desagravo. Enquanto no mundo civilizado o twitter encanta, por aqui enoja, com seus garotos e garotas propaganda, como Xuxa, Luciano Huck, Preta Gil, Danilo Gentili, Debora Secco e tantos outros, além dos políticos que ao se manifestarem assim, replicam os seus maus exemplos e propagam a anti-cultura, o rancor e o ódio.

Isso tudo nos traz a certeza de que, realmente, a maior parte dos rostinhos bonitinhos da televisão não passa de rostinhos bonitinhos, às vezes mais "peitos e bundas", e que utilizam e manipulam a população, enquanto ouvem desaforadamente o tilintar em seus cofres. pois isso é o que lhes interessa. Quanto aos políticos..., esses já conhecemos...

Para nós, resta muito empenho para tentarmos  dissuadir esse tipo de imoralidade, a reconstruirmos valores, que os "famosos" tentam tanto destruir.

Pense nisso!