domingo, 7 de fevereiro de 2010

Hora de viver...

Eu entendo o seu medo, e também o seu silêncio. O seu distanciamento, como uma forma velada de dizer não, mesmo querendo dizer sim. Desde os primeiros momentos, dos olhares aos carinhos, dos carinhos aos beijos, dos beijos aos toques, e aos sussurros, a carência de desejos, não a ausência..., o temor. O receio de novamente emergir no doloroso da paixão, de novamente machucar-se.

Sei o quanto é difícil recomeçar. Quanta energia a ser despendida. Quantas cicatrizes a curar, quantos planos a serem refeitos. Laços afetivos, intimidades destruídas, sonhos despedaçados, e a exigência de estar bem, mesmo não estando bem. È importante mostrar-se bem, como uma forma de dizer ao mundo, que as mudanças são normais, pois fazem parte da vida. Mentira!

Por mais que não queira aceitar, pois estar próximo engrandece e encanta, é preciso seguir, deixar que o ciclo se feche. É preciso respirar, e abrir as janelas do peito para que a alma seja iluminada pela intensa luz da vida. É preciso se deixar levar pelos anjos que nos acompanham e nos protegem. Ir ao encontro do abraço que tanto nos conforta. Ir ao próprio encontro, em profundas reflexões.

Não há como dissimular os sentimentos. O coração não fica latente, ele pulsa forte. Não vale mais a pena esperar, e acumular dor. É preciso viver... Eu ainda te quero muito... Seja feliz... Deixei as chaves sobre a mesa, apaguei a luz ao sair, e fechei a porta... Que Deus nos ilumine!

Nenhum comentário: