quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Elas sabem o que fazem...

Não sou nenhum expert em moda, e muito menos em tendências de moda; admiro e aprovo, ou desaprovo, simplesmente o que vejo. Louvo as mulheres, muito, e dou meu veredicto sobre a classe e o charme de uma mulher, somente pelo seu jeito de andar. Ela pode ser feia, pode estar além do peso ideal, não combinar cores ou estilos, ter tinta no cabelo e até voz grossa..., ou pode ser linda de parar o trânsito, pois uma mulher caminhando, de salto-alto, de forma simétrica é um encanto... Não quero ser injusto, cruel, seletivo, bobo ou grosseiro, nem compartilhar meus fetiches, muito menos diminuir aquelas mulheres que não deveriam se arriscar, e elas sabem que não deveriam...

Por algumas semanas observei mulheres andando de salto nos bares, boates, lojas, no trabalho, nas ruas da cidade (principalmente na rua XV), e tirei conclusões interessantes. Nada científico com constatações técnicas, mas o olhar crítico de um apaixonado por elas... Aguardem, que em breve publicarei algo interessante.

Minhas amigas, conhecidas ou parentes, fiquem tranqüilas, pois não as observei, e nem o faria, por questões óbvias...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Janelas Abertas...

Há algum tempo, minha amiga Juliana, em seu blog (www.juliana-saito.blogspot.com), inseriu um post onde refletia sobre a experiência de observar da sua janela, um garoto que passava dias e noites na janela de seu apartamento, observando, e talvez refletindo sobre a vida, desejos e anseios. Foi em um período de férias, final do ano, e talvez solitário, carente, à espera que algo de novo o motivasse, ali permanecia, alternando entre as janelas da sala, quarto e banheiro, com seu olhar vazio.

Gostei muito da sensibilidade e do momento, e imediatamente mergulhei na fantasia da experiência e do acontecimento. Embrenhei-me na reflexão sobre as janelas para a nossa vida, que ousamos abrir e olhar, mas que não ousamos atravessar; nos desejos e fantasias que não empreendemos; nos receios e medos implícitos, e nas barreiras imaginárias que impomos a nós mesmos, e não nos atrevemos a transpor.

O mundo, da janela para fora, é infinitamente maior do que da janela para dentro, mas assim mesmo nos agarramos no conhecido, no que é seguro. Assim, andamos em turmas, freqüentamos os mesmos lugares e viajamos para destinos sabidos. Adotamos experiências de outros, quando nos recomendam, e seguimos na linha. Quase sempre acertamos, pois ninguém gosta de errar. O desconhecido pode ser um perigo, não precisamos ousar...

Dessa forma, vamos nos limitando, segregando aos outros e a nós mesmos. Criando rótulos e nos reduzindo. Adotando manias e nos igualando. Vamos ficando chatos, ou bonzinhos, como nossos pais, preconceituosos como nossos amigos, e renitentes, inflexíveis diante do novo. Confundimos a adoção de bons exemplos, com a simples replicação, e perdemos a oportunidade de crescermos e ajudarmos os outros a crescerem.

Na medida em que esquecemos, que cada experiência é única, e estamos aqui para vivenciá-las, que cada desejo é construído a partir dos nossos anseios e necessidades, e não os realizamos, que sonhamos os sonhos dos outros, enquanto limitamos os nossos, ficamos, simplesmente, observando, com olhares vazios, incapazes. Abrimos, timidamente, as janelas para as nossas renúncias e frustrações e as fechamos para a vida.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Homens, segundo Vinícius de Morais

Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e nunca dão o primeiro passo!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
AGORA...
QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?

Moral da História:
" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "

"Mulheres existem para serem amadas, não para serem
entendidas."
Vinicius de Morais

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sobre a Brevidade da Vida

Na sua obra “Sobre a Brevidade da Vida”, Séneca, filósofo, dramaturgo, político e escritor, que viveu Roma do início da Era Cristã (4 a.C – 65 d.C), descreve em um tratado primoroso, uma fascinante obra que nos eleva a refletirmos sobre os caminhos que escolhemos seguir. Freqüentemente retorno a Séneca, assim como a Nietsche, a Maquiavel, e por que não a Vinícius de Moraes, Drumond, ou outros tantos poetas e pensadores?

Extraí alguns trechos para estimular àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de mergulhar na obra e na própria alma: “A maior parte dos mortais, lamenta a maldade da Natureza, porque já nascem com a perspectiva de uma curta existência e porque os anos que lhes são dados transcorrem rápida e velozmente. De modo que, com a exceção de uns poucos, para os demais, em pleno esplendor da vida é que justamente esta os abandona.”. “Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.”.

Em outro trecho, Séneca afirma: “Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que a maneira de viver desses homens que deixam a prudência de lado? Vivem ocupados para poder viver melhor: acumulam a vida, dissipando-a. Fazem seus projetos para longo tempo, porém esse adiamento é prejudicial para a vida, já que nos tira o dia-a-dia, rouba o presente comprometendo o futuro. A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para o amanhã e faz com que se perca o presente.”. Ainda, finalizando as citações: “Muito breve e agitada é a vida daqueles que esquecem o passado, negligenciam o presente e temem o futuro. Quando chegam ao fim, os coitados entendem, muito tarde, que estiveram ocupados fazendo nada.”.

Ao reler este tratado, esta semana, por várias vezes lembrei-me de Zilda Arns, e da tristeza dos seus seguidores, transformada exponencialmente em alegria, por terem convivido com uma pessoa tão iluminada e que não fez da sua vida uma vida breve. Assim, compartilho um pouco dessa obra e recomendo, para reflexão, como um exercício de sabedoria.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Oficina de Música de Curitiba

Por estes dias, a Oficina de Música de Curitiba 2010, tem invadido os espaços públicos e privados, trazendo alegria e mais vida para a cidade. Com uma programação intensa e uma qualidade indiscutível, os teatros e casas de espetáculos estão cheios. Percebe-se no brilho dos olhos das pessoas, a satisfação, o prazer e o êxtase. Uma paz velada, o consenso do gosto pela música... Simplesmente, um doce desejo, e muita admiração.

Além de mestres da MPB como Guinga, Hermeto Pascoal e Antonio Nóbrega, instrumentistas e compositores, como Ezequiel Piaz, Claudio Menandro e Dante Ozetti, uma infinidade de regentes e músicos de altíssima qualidade têm desfilado nas oficinas clássicas e apresentações. O circuito off, que leva os músicos aos bares da cidade, também é uma opção, e vale a pena conferir. A programação da oficina você encontra no site oficial (http://www.oficinademusica.org.br/) , e para o circuito off, é preciso estar atento às programações dos bares.

A Oficina é um oásis neste universo atual da música de baixa qualidade, e tem encantado a muitos. Já a outros, nem tanto... Eu estou muito feliz, pois, particularmente, não gosto de música sertaneja (não confundir com música caipira), e tampouco de pagodes melosos, interpretados por egocêntricos asquerosos. A Oficina não contempla esses interesses, e muita gente se sentirá desassistida. Mas para esses, existem locais adequados e momentos próprios para confortá-los, como shows, clubes de dança e salões, de forma que possam praticar seus aprendizados, ou mesmo ouvirem suas predileções em som alto, além de ouvirem em suas casas e carros.

Não é preconceito meu criticar esses estilos, mas conhecimento e sensibilidade musical. Sei que posicionar-se é complicado, ainda mais em assuntos polêmicos que causam discórdias, e até ira, mas... Infelizmente, ainda nos ronda a ignorância, e contra a ignorância, o silêncio ainda é o mais indicado, apesar de não conseguir abster-me. Melhor ficar calado..., ou não?

Se for do seu gosto, aproveite...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Penitência

lembranças perdidas
no calor dos lábios sedentos
na dor de um amor eterno
lampejos vazios de felicidade

uso de minhas garras
a arrancar-me do peito essa dor
mergulho em minh’alma doente
a confortar minha solidão

hei de viver na clausura
entranhar-me no negro destino
viver sôfrego na tortura
do obtuso mundo vão

hei de atirar contra mim
acatar as minhas incongruências
aceitar o destino de viver em penitência
na morte lenta dos meus sentimentos

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Os donos do mundo...

Às vezes penso que a falta de surpresas em nossas vidas, transforma nosso cotidiano em uma chatice. Acordar e ter o dia planejado, e saber que todas as coisas acontecerão, se não exatamente como desejamos, muito próximas daquilo que queremos, é no mínimo entediante. Diariamente, ouvimos especialistas nos orientando para planejarmos nosso futuro, nossas atividades, nossas ações, nossos modos, nossas falas, nossos ritmos..., ufa..., que saco!

Será que essa é a chave para a felicidade? Seguirmos regras e esperarmos que obtenhamos os resultados como desejamos, ou devemos ousar, estimular a criatividade, experimentar? Precaver-nos dos sofrimentos, nos abstendo de viver emoções, ou dar-nos a oportunidade para rirmos ou chorarmos? Guiar-nos pelas conveniências ou pelos nossos sentimentos?

Nas minhas reflexões tenho me certificado, cada vez mais, do quanto detesto o cartesiano e adoro o caórdico. Isso me remete aos tempos de criança, onde tudo era uma aventura. Sair de casa para qualquer lugar, cada situação era um novo momento a ser vivenciado. Um universo a ser explorado. Tomar banho de chuva e sujar os calçados de lama; admirar a natureza, a rua, os carros, as lojas, as fachadas, as pessoas... Divertir-se. Brincar com a vida, viver a vida...

Hoje somos carrancudos, preocupados demais, e com inúmeras responsabilidades. Crescemos. Queremos salvar o planeta, mas nem a nós mesmos estamos salvando. Não entendemos ainda, que cosmos é esse que nos habita e muito menos como nos relacionarmos com o universo das outras pessoas, mas queremos influenciar os outros, convencê-los das nossas verdades. Falta-nos humildade, compaixão, solidariedade. Falta-nos entendimento e compreensão. Falta-nos amor.

Ainda assim, nos achamos auto-suficientes, e em nossa visão míope e egoísta, nos sentimos os donos do mundo, à espera que alguém nos dite ou nos diga como nos sentirmos e como agirmos. Demos nomes, preferências e prioridades às posições sexuais, assim como às posições na sociedade. Criamos ritos que nos habilitam a sermos melhores ou piores, assim como estabelecemos os pedigrees aos cães. Desfilamos estilos, destilamos preconceitos. Alimentamos-nos do próprio veneno e consumimos nossa alma. Somos escravos das nossas próprias limitações.

Infelizmente...

domingo, 10 de janeiro de 2010

A escolha do seu par...

Meu amigo Amici enviou-me este texto, primoroso e genial, escrito em 2004, por Stephen Kanitz. Não pude deixar de compartilhá-lo, principalmente em razão de tantos desencontros nas vidas de pessoas que muito se amam.

“Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas ou pais responsáveis preocupados com o sucesso reprodutivo de seus rebentos.

Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher. Homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que mulheres. Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar. Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress. A mulher só precisa acompanhá-lo. Ela pode dedicar seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.

Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar, e a dança permitia a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par. Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé. Podia ver como ele se desculpava, se é que se desculpava, ou se era do tipo que culpava os outros.

Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile. As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam. Em poucos minutos conseguiam ter uma primeira noção de inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação, paciência, perseverança e liderança de um futuro par.

Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.

Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.

Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a uma garota conhecer, pelo menos, um homem por noite sem compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite, também sem compromissos maiores.

Pior: hoje o primeiro contato de fato de um rapaz com o corpo de uma mulher é no ato sexual, e no início é um desastre. Acabam fazendo sexo mecanicamente em vez de romanticamente como a extensão natural de um tango ou bolero. Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se apaixonam facilmente por eles.

Masculinizamos as mulheres no disco dancing em vez de tornar os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com o trato do corpo da mulher. Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente a violência contra as mulheres. Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a cooperação entre os sexos.

Hoje, uma garota ou um rapaz tem de escolher o seu par num grupo muito restrito de pretendentes, e com pouca informação de ambas as partes, ao contrário de antigamente.

Eu não acredito que homens virem monstros e mulheres virem megeras depois de casados. As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida, na realidade elas continuam a ser o que eram antes de se casar. Você é que não percebeu, ou não soube avaliar, porque perdemos os mecanismos de antigamente de seleção a partir de um grupo enorme de possíveis candidatos.

Fico feliz ao notar a volta da dança de salão, dos cursos de forró, tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos, colados e em harmonia. Entre o olhar interessado e o "ficar" descompromissado, eliminamos infelizmente uma importante etapa social que era dançar, costume de todos os povos desde o início dos tempos.

Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.

Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e insensível idiota. “

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (http://www.kanitz.com/)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1877, ano 37, nº 43, 27 de outubro de 2004, página 22

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vida que segue...

Aos 17 anos, morava no Rio de Janeiro, na Praia Vermelha, e por intermédio de uma amiga querida, chamada Inês, conheci o trabalho musical de Zé Alexandre. Com uma voz doce, afinadíssima e composições plenas em suas letras, melodias e arranjos, rapidamente virei seu fã. Custou-me caro o empréstimo do vinil “Alma de Músico”, na época, já que tive que ficar com a irmã dela na praia (entenda-se muitos beijos e abraços em grãos de areia), para que enfim pudesse conhecer um pouco mais do trabalho daquele músico espetacular. Composições como “Alma de Músico”, “Sábado”, “Pousa”, e tantas outras, traduzem a capacidade do artista. No site http://www.zealexandre.com.br/ , você pode baixar as músicas, já que o LP não foi remasterizado.

Zé Alexandre é completo musicalmente, e foi um dos principais parceiros de Oswaldo Montenegro, ou vice-versa, tendo participado de trabalhos, como “Dança dos Signos”, e dividido a voz com ele em músicas como “Bandolins”, “Canto de Folia” entre outras. Ouvir o Zé, cantando “Estrelas”: “Pela marca que nos deixa / A ausência de som que emana das estrelas / Pela falta que nos faz a nossa própria luz a nos orientar...” é maravilhoso!

Recentemente mantive contato com ele, através da web, e desde então estamos tramando... Devo trazê-lo para um show em Curitiba, lá no Hermes Bar, ou quem sabe no Paiol. Como é estranho estar tão próximo de uma pessoa que tanto me inspirou..., que me trouxe momentos extremos de alegrias e tristezas, que me fez rir, absolutamente, e chorar, que me estimulou sentimentos, paixão e perda. Marcou uma fase da minha vida...

Recentemente Zé Alexandre gravou com Zélia Duncan a música "Viva o Cachorro", música que estará em seu próximo trabalho – CD e shows. Gentilmente, ele a enviou-me esta semana por e-mail, e quem quiser conhecer essa composição é só solicitar, que replicarei com satisfação, também por e-mail.

Compartilho um pouco de vida..., a vida que segue!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Solidão!

A solidão que nos invade não tem dia, e não tem hora. É um encontro ao acaso, quando nos despimos das nossas vaidades e nos sentimos reféns dos nossos próprios sentimentos e das nossas próprias ilusões. Não tem a ver com lugares e nem com pessoas, não tem a ver com realizações, com sucessos ou fracassos, não tem a ver com estar só, mas sim, sentir-se só.

A visão poética da solidão pode nos remeter para momentos belos, de reflexões frutíferas, de prosperidade emocional, de encontros não acordados, da plenitude e satisfação em alçarmos degraus da maturidade, no exercício da sensibilidade construtiva. Já a dor, nos chega como uma brisa leve, sutil, e nos alavanca tal qual um furacão, nos imergindo, após, em um denso negro, quase infinito, atravessando os limites do próprio ser.

Um eclipse que todos nós vivenciamos, no universo da nossa luminosidade. Um lapso temporal em nossas vidas, para nos reenergizarmos. Um encontro de contas com nós mesmos. Um mergulho na alma. Momentos mágicos de sofrimento e dor que nos fortificam ao nos sentirmos inseguros e frágeis, e onde conselhos não nos regeneram, nem abraços. Somos somente nós, e temos que escolher um caminho!

A solidão nos revigora, e nos ensina que precisamos simplesmente seguir adiante. Assim, seguimos...

Namastê!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ilha do Mel, Ilha do Mar...

Venho para a Ilha do Mel há mais de 20 anos, e passar uns dias por aqui é reconfortante. Um programa ideal para quem gosta de sair um pouco da rotina e descansar, cansando muito... Entre as baladas de reggae, forró, e outros ritmos, luau na praia, caminhadas noturnas e rodas de viola, muita conversa..., muita mesmo. Quem se dispõe a interagir, sem nenhuma segregação, encontra por aqui um ambiente favorável para novas amizades e curtições. Quem sabe até um romance, ou a descoberta de um novo amor...

Hospedar-se em pousadas, ou mesmo em barracas, nos diversos campings, ou ainda simplesmente passar o dia, pode ser um programa legal. Ao andar pelos caminhos, encontramos mochileiros de vários locais do país, bem como estrangeiros, todos com o mesmo objetivo, de vivenciarem ou usufruírem de espaços ainda conservados pela natureza, divertirem-se e conhecerem pessoas. Há um cuidado especial da grande maioria com o meio-ambiente, apesar de ainda faltar educação ambiental para muitos, que insistem em não entender que ao conservarmos o nosso planeta, conservamos nosso próprio viver.

Além de todas as praias e belezas naturais, visitar o farol e o forte são passeios indispensáveis para quem vier à Ilha, porém, assistir a um pôr do sol, como o da foto acima, lá da pousada do João da Flauta, é maravilhoso. No Astral da Ilha, pode-se alugar pranchas de surf, cadeiras e outros apetrechos de praia, além de ser um local agradabilíssimo para tomar um drink, em rodas de conversas animadas, e encarar um sashimi enquanto consulta seus e-mails ou escreve um post, como estou fazendo agora...

A Ilha do Mel sempre me encantou, e a surpresa dessa última passagem do ano foi o ciclone que assisti formar-se no mar e invadir a ponta oeste, levantando areia ao chocar-se com a ilha. Também rever amigos queridos, que os carrego comigo há muito tempo no lado esquerdo do peito, e os vejo nas minhas estadas por aqui, como se simplesmente amanhecesse um novo dia, já que o nosso diálogo e o carinho permanecem intactos.

Bela ilha, Ilha do Mel, bela Ilha do Mar...


http://www.pousadapordosol.com.br/
http://www.astraldailha.com.br/